sábado, 6 de fevereiro de 2010

MINHA PESQUISA...



Dança afro: o simbólico além dos tempos...

Se por um lado as transformações da sociedade consumista vêm se proliferando, por outro lado este mesmo “coletivo” cria mecanismos, espaços e movimentos legais de resgate cultural.

Tais elementos encaixados nesses entornes culturais, sobrevivem graças à resistência de grupos sociais que preservam sua identidade cultural, na prática de costumes e cultos de suas crenças e valores.

O simbólico é referente e em comum em qualquer país. Sua bandeira, uma ilha, uma personalidade, uma determinada cultura, enfim tudo que caracteriza um povo é uma forma simbólica de determinar sua origem, e por vezes, relembrar o passado.

A escravidão, a pobreza e a influência econômica na África edificaram o que vemos hoje nos paises daquele continente: uma quebra significativa de costumes, religiões e, é claro de símbolos.

Além dos tempos e seguindo este contexto muitos passaram a sua vida fazendo parte de um novo contexto histórico (chamado de processo civilizatório) em outro país, este deturpado pelos colonizadores, através de seus símbolos religiosos, políticos e organizacionais.

Mas apesar de toda uma história que não esta nos livros e as poucos vai sendo descoberta, estes continuaram suas louvações ao simbólico. O culto aos mitos: orixás, voduns e sabedorias advindas de seu país de origem. E bem diferente de seus senhores colonizadores, eles não impuseram sua marca, na história.

Nessa perpetuação da simbologia dos deuses: Orixás, num contexto candomblecista, onde me encontro inserida que tenho iniciado uma pesquisa de dança contemporânea com a simbologia corporea no Brasil dos deuses Iorubá.

Neste estudo proponho uma prática de pesquisa de linguagens, onde as referências da forma de cada orixá (danças rituais) são embainhadas em códigos imbricados no corpo humano por simbologia, sem clichê de espelho, flecha ou águas...

É no corpo que a dança toma forma?

A dança contemporânea dialoga a todo o momento com o atual, com o simbólico dos tempos de um jeito critico significativo. Leva-me a crer que nesse caminho de resgate histórico a um encontro entre essas duas formas: o corpo. Corpo este em símbolo de energia para o mundo; igual no conceito contemporâneo e na religiosidade Africana.

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Janaina Santtos

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eu preciso me encontrar

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